Startups aos pequenos

O Estado de Santa Catarina entrou na rota das startups para um público pouco tecnológico, mas não por muito tempo. Em agosto, foi criado em Florianópolis o Núcleo de Inovação Tecnológica para Agricultura Familiar (Nita). Com um conselho gestor formado por integrantes do governo do Estado, Sebrae, universidades, associações e entidades do setor, o Nita quer levar tecnologia de ponta para as pequenas propriedades. O Banco Mundial é o grande apoiador da ideia, já que a instituição investiu US$ 90 milhões em vários projetos de agricultura familiar. O próximo passo do núcleo vai ser identificar quais tecnologias de ponta são as mais adequadas a esse público.


LEITE
Produção monitorada
Toa55

Depois de um ano de testes, o governo federal apresentou os primeiros resultados do Sistema de Monitoramento e da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL), no início de agosto. Desenvolvido pela Embrapa em parceria com a alemã SAP e a brasileira First Decision, a ferramenta de inteligência computacional passa a monitorar toda a produção leiteira do País. No ano passado, o SIMQL processou 70 milhões de análises, em uma produção de cerca de 35 milhões de litros de leite. Além de reunir e analisar todos os dados da captação leiteira, o sistema permite acompanhar a composição da bebida, como os teores de proteína e de gordura, e a contagem de células somáticas e de bactérias.

GENÉTICA
Rebanho no celular
Divulgação

A central holandesa de genética, CRV Lagoa, lançou em agosto o aplicativo Cow Info. Gratuito e disponível para smartphones e tablets com sistemas iOS e Android, o sistema possui inteligência artificial que permite ao produtor conduzir acasalamentos e programas de inseminação artificial de forma mais rápida, além de traçar um planejamento para o rebanho leiteiro. Com a ferramenta, o produtor pode montar, por exemplo, uma biblioteca completa de seus animais, inserir a pesagem de leite das vacas, além de monitorar medições de proteína, gordura e células somáticas.



Como surgiu a ideia?
A concepção do Pulse começou no meio do ano passado e surgiu porque a empresa sentiu que precisava se aproximar do ecossistema de empresas de tecnologia para o agronegócio.
Já há alguma startup instalada nesse espaço?
Sim. Há duas que já estão no estágio mais maduro. São elas a Strider, que atua no monitoramento de pragas e doenças, e a Agrosmart, em projetos inovadores de irrigação. A Raízen já está testando a tecnologia vinda delas.
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Há espaço para mais empresas?
Sim. Temos um espaço de 500 metros quadrados e acreditamos que cabem dez startups que vão ser selecionadas por nós. Temos uma lista de 400 empresas inscritas. Dessas, vamos escolher as dez melhores e, desse grupo, cinco serão selecionados até o final de setembro.
O foco é somente aquelas voltadas à cana-de-açúcar?
Não. Nesse primeiro momento, o plano é não restringir, pois queremos saber o que há de melhor em oportunidades para todos os setores do agronegócio. O que a Raízen quer, junto com a SP Ventures, que está apoiando a iniciativa, é ter em seu plano investimentos em projetos inovadores.

Fonte: DinheiroRural

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